segunda-feira, 2 de dezembro de 2013


Ah! a montanha russa da vida...

Pensando no assunto fui pesquisar (quem me conhece sabe que adoro saber e repassar esse tipo de informação) sobre as origens desse brinquedo de parque de diversões...

Foi mesmo na Rússia, como diz o nome. A diversão teria começado no século XV, em montanhas de verdade que formavam gigantescas rampas cobertas de neve. O pessoal subia até o alto para deslizar encosta abaixo sentado sobre blocos de gelo recobertos de palha. O sistema de freios era rudimentar: nos últimos metros, jogava-se areia na pista para reduzir a velocidade dos "carrinhos". Não demorou para que os blocos de gelo fossem substituídos por trenós, que atingiam velocidades maiores. Em 1784, em São Petersburgo, ainda na Rússia dos czares, foi construído o primeiro trenzinho específico para esse fim. 
Em vez de descidas radicais, os trenzinhos passeavam por túneis com cenários especialmente montados - nasciam atrações universais dos parques de diversões, como o túnel do amor e o trem fantasma. Em 1846, os franceses inauguraram o looping (trecho em que os trilhos fazem um círculo completo, deixando os passageiros de cabeça para baixo). Mas a montanha-russa como a conhecemos hoje só surgiu em 1884, nos Estados Unidos. Foi também nesse país, em 1959, que surgiu o modelo em tubos de aço, material que permitiu montanhas cada vez mais assustadoras. Há carrinhos que passam dos 160 km/h e algumas quedas superiores a 100 metros.
Mas o post de hoje é sobre como a vida se assemelha a uma montanha russa.... Começamos devagar até que a velocidade, juntamente com as manobras subidas e decidas garante maior ímpeto no trenzinho da vida. Ontem fiz um lopping completo, vendo toda a minha vida de cima, mas não no angulo certo, de cabeça para baixo, sem que as coisas estivessem com aparência de que estavam no devido lugar. 
E se parece neste ponto da brincadeira, se o trenzinho brecasse com a gente literalmente de cabelo em pé, olhando para baixo, para o que chamamos de vida, os nossos planos, tudo que sonhamos. Talvez nos acostumássemos com a perspectiva (é só uma questão de perspectiva) e aceitássemos como se tudo fosse daquela maneira mesmo. Conheço muitos que se acostumaram com a dor, com o revirar da vida, não por acharem certo mas por medo de arriscar, sobre os trilhos, sair do comodismo de estar na proteção do conhecido, sem olhar em outras direções ou alternativas.
Mas tudo é brincadeira, logo, o trenzinho com o impulso do lopping tem a capacidade de subir e descer sem dificuldades, e dependendo do espírito, podemos aproveitar, sentir um pouco de medo, mas com a certeza que o Maquinista está no controle e no final, a calmaria em marcha lenta no brinda!
Livia Agda

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Tempestades


Essa semana tive uma experiência muito interessante.


Sabe aquele momento de dificuldade que se imagina só? Que os problemas parecem ser muito maiores que você e de sua capacidade de vencer...

Como se estivesse em um mar revolto, com paredes de ondas que investem contra você, com violência que te deixa incapaz de reagir.

Pois é, havia mais alguém no barco, e eu não O via... Será porque não o deixei no leme? Será porque na verdade as ondas gigantescas prenunciavam um lindo por do sol, e que não havia necessidade de desespero?

A verdade é que Ele está o tempo todo ali, e me fala "Confie em Mim"!!!

Nisto me pede: "Me deixe agir em seu viver, no seu coração, aquiete-se pois não está sozinha, Eu venci o mundo e não existe dores que seja maior que o Amor do Pai".

Nossa, quão grande foi minha alegria ao perceber que não estou sozinha, e que dias melhores viram, ao ponto de gozar da calmaria apaziguadora que advém de uma tempestade!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

É incrível como coisas agradáveis recheiam o nosso dia sem que esperemos...

A graça da vida é essa não é? 

As surpresas, que momentos, que se abrem, florescem em dias nublados, como um raio de sol....

No dia que te conheci foi assim... Sinos tocaram! 

E nisto, estou certa que a surpresa foi recíproca, pois ninguém poderia imaginar, nem prever....

O encantamento, a paz, a sobriedade -  na maioria do tempo....

Mas de tudo restou a certeza: o desejo mútuo que dê certo e que os momentos de solidão sejam finitos.






quarta-feira, 27 de março de 2013


Esse post de hoje é em homenagem a todos os amores que poderiam ser,

Flores que foram colhidas antes de desabrochar,

Estrelam que brilharam depois de dia claro, impendido o mundo de contemplar a sua beleza,

Beijos que morreram nos lábios antes de depositados,

Juras, Versos, sorrisos, brilho no olhar, tremor nas mãos e borboletas no estômago....

Tudo isso e muito mais, envolvem o amor incipiente, aqueles que velados em olhares, aquela pessoa que 

cruzou o seu caminho e por um segundo, momento fez todo um universo de possibilidade!

Lívia Agda

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Quando mulher fala em opções, critérios e escolhas, homens logo pensam que estamos falando de sapatos, esmaltes e liquidação, nesta ordem...

Mas já que falei em homens, seria muito mais fácil de flexionássemos os critérios de acordo com a demanda né?

Digo, se ao se tornarem escassos, também evoluíssemos a um ponto que não importássemos com a ausência de alguns predicados. seria mais logico, como acontece quando o salário é reajustado abaixo da inflação, quando engordamos e temos que abrir mão de nosso lindo manequim 36, 38.... e assim por diante, nas diversas situações que encontramos na vida.

Mas no amor, meus caros, não funciona assim. Quem dera, se ao perceber que não existem tantos homens disponíveis a um relacionamento serio restringíssemos a nossa lista de critérios, para assim abrir o horizonte de oportunidades aos que estão por ai, em cada esquina, esperando sua vez....

E então seguimos, com valores que as vezes parecem inalcançáveis para tantos, desprezados por muitos e invisíveis para a maioria.

semana que vem completo 25 anos....

Minha lista continua bem estruturada. Ainda nao abri mão de coisas como sinceridade, integridade, companheirismo, ambição de um futuro melhor e de uma família feliz!

Espero que não mude, e que minha opções se eleve além de sapatos e esmaltes.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Passagem do ano

O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos
do lobo, na solidão.

O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus...

Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
esperas amanhecer.

O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles... e nenhum resolve.

Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.

Carlos Drummond de Andrade